Se você possui uma loja de grande porte, como supermercados e shoppings, é essencial se preocupar com a acessibilidade para todo tipo de público. Além de ser um direito garantido por lei, adotar medidas com esse foco apresenta diversos benefícios para o estabelecimento e sua marca. Além disso, todo consumidor deve ter conhecimento de certas possibilidades e produtos que existem para facilitar o seu deslocamento, vivenciando da melhor experiência possível. A oferta de scooter elétrico para os clientes é uma dessas medidas. Em casos de grandes estabelecimentos a prática é obrigatória, facilitando o deslocamento de pessoas com deficiência, idosos, gestantes ou outros clientes que possuem dificuldade de locomoção. Por isso, listamos vantagens em possuir scooters elétricos em lojas ou outros estabelecimentos, e como isso pode impactar positivamente! Confira: Por que possuir o scooter em loja? As pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, seja temporária ou permanente, estão cada vez mais inseridas em todos os setores que envolvem a economia. Com os benefícios da tecnologia assistiva, muitas pessoas possuem a vida economicamente ativa, por isso, diversos estabelecimentos estão se renovando e apostando em alternativas para atender diversos públicos com qualidade. Emerson Gonçalves é gerente geral do Macro Atacado Treichel, localizado em Pelotas, no Rio Grande do Sul, e fala sobre os benefícios dos Scooters Elétricos Freedom no estabelecimento. "Começamos a implementar desde o começo e depois aumentamos a frota para tentar atender esse público, assim como para atingir cada vez mais um público variado. Hoje temos quatro em funcionamento e dois em manutenção, que tivemos que correr atrás rapidamente para solucionar o problema por conta do movimento. Tem dias que o pessoal chega a ficar esperando porque todos os carrinhos já estão em uso". O scooter elétrico pode ser fornecido para atender pessoas com deficiência física, mobilidade reduzida, gestantes, pessoas sem algum membro do corpo ou com algum tipo de problema de saúde, para que se locomovam com facilidade e possam desfrutar do ambiente de forma inclusiva e confortável. "Nós já temos um público certo, normalmente os que usam os scooters elétricos são clientes assíduos da empresa, que frequentam muito por causa da loja em si, mas também porque oferecemos os equipamentos, fazendo com que não dependam de outras pessoas para frequentar o local", ressalta Emerson. Jane Botelho é cliente do Macro Atacado Treichel e utiliza os scooters para que sua mãe, Rosa Botelho de 62 anos, possa lhe acompanhar nas compras. "Não faz muito tempo que começarmos a usar, pois faz pouco que ela [Rosa Botelho] começou a ficar mais fraca. Mas já posso dizer que me ajuda muito, porque eu sempre tenho que levar ela comigo aos lugares. Então, quando ela faz hemodiálise, ou algum tratamento mais desgastante, [o scooter] é bem necessário", conta Jane. É possível encontrar scooters elétricos mesmo em lojas onde o oferecimento não é obrigatório. Isso acontece porque a prática traz outros benefícios para o estabelecimento, como criar uma imagem positiva para a empresa e aumentar o número de clientes do local e sua fidelidade, promovendo a acessibilidade e a credibilidade da loja. Veja 8 vantagens do scooter em loja! Ainda está na dúvida sobre os benefícios dos scoorters elétricos em lojas e supermercados? Listamos 8 vantagens que dão resultados positivos! Veja elas: 1. Atender a lei Como falamos, para determinados estabelecimentos oferecer um scooter elétrico é uma obrigação garantida em lei. Além dessa prática, outras atividades são obrigações de todo estabelecimento comercial, tais como:
A formalização dessas e outras exigências, está na Lei 10.098/2000, na Lei 13.146/2015 e no Estatuto da Pessoa com Deficiência. Todas representam a evolução garantida de acessibilidade para pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida, como idosos e gestantes. A disponibilização de cadeiras de rodas ou scooters elétricos deve ser gratuita e oferecida a todos os clientes de um shopping center, hipermercado e supermercados. Os equipamentos devem apresentar boas condições de uso. Além disso, vale lembrar que cada município pode apresentar novas regras e exigências. Por isso, é preciso estar atento sobre como funcionam as normas na sua região. 2. Aumentar o número de clientes Além de atender a lei, estabelecimentos que oferecem scooters elétricos para seus clientes podem aproveitar diversos benefícios, como a possibilidade de aumentar o número de frequentadores e o tempo de permanência na loja. Assim como, conquistar a fidelidade do público, afinal, não é todo estabelecimento que oferece equipamentos de acessibilidade que facilitam a locomoção no ambiente. Outro fator a ser considerado é o atual aumento na expectativa de vida da população. Pois, frente a essa nova realidade, é importante pensar na maior praticidade de locomoção de pessoas idosas em estabelecimentos. Com o avanço no desenvolvimento da saúde e melhor qualidade de vida, essas pessoas não só estão vivendo mais, como vivendo de forma mais ativa quando chegam à terceira idade. Assim, esse público representa uma oportunidade de negócio para os estabelecimentos que souberem como oferecer os benefícios corretos. 3. Ter clientes mais satisfeitos A adoção de práticas que garantem a acessibilidade não só aumenta o número de clientes que frequentam o local, como promove uma experiência mais satisfatória para todos seus frequentadores. O uso de um scooter elétrico é muito fácil, portanto a locomoção dentro da loja acontece de forma bem natural, sem que a experiência de outras pessoas seja afetada. 4. Criar uma imagem positiva para a empresa Adotar o uso de um scooter elétrico para os clientes não só melhora sua imagem diante desse público, os demais usuários do ambiente tendem a aumentar o valor da empresa pela preocupação com o bem-estar de seus clientes. Além disso, esse equipamento é elétrico, sustentável, não gerando gases poluentes e contribuindo para o meio ambiente. Isso pode ajudar a construir a imagem de uma empresa preocupada com os problemas ambientais. 5. Baixo custo de manutenção Mais um benefício desse investimento em loja é o baixo custo de manutenção. Como o scooter elétrico funciona à base de energia elétrica, pode ser carregado em tomadas simples. Além disso, a vida útil do equipamento é bastante longa devido à fabricação dos materiais visarem a alta qualidade. É importante ressaltar que as baterias do scooter devem estar sempre carregadas, o que é facilitado com a recarga elétrica. A empresa pode optar por modelos com pneus maciços, ou seja, não é necessário calibrar os pneus do produto periodicamente, outro fator que reduz os gastos de manutenção. 6. Flexibilidade para atender diferentes clientes Apesar de não parecer, o scooter elétrico é feito para atender diferentes pessoas e suas necessidades. O equipamento possui encosto para pés e costas que ajuda na postura e conforto do usuário. A capacidade de peso normalmente pode chegar até 150 quilos. Os guidões para uso são simples, permitindo que qualquer pessoa com mobilidade reduzida seja capaz de operar o equipamento sem dificuldades. Além disso, as rodas são feitas para atender diferentes superfícies, desde interiores, estacionamentos e até mesmo ruas e rodovias, permitindo que o cliente solicite o scooter ainda no exterior da loja. 7. Facilidade de adoção Como as funcionalidades de um scooter são simples, é necessário, apenas, treinamento básico para os funcionários, definição de um ambiente para manter o equipamento e inclusão da sinalização indicando sua disponibilidade. Entretanto, ao adquirir o equipamento, é importante que os funcionários sejam instruídos e entendam sua importância para os clientes. É preciso manter o equipamento sempre carregado e preparar seguranças e outros colaboradores à como se portar para levar o equipamento até os clientes que o solicitam, além de passarem orientações adequadas, contribuindo para criar a melhor experiência possível para esse público. Além disso, o ideal é colocar os scooters em locais visíveis e de fácil acesso para os clientes. Isso ajuda a divulgar a presença do benefício e também facilita o uso para quem precisa. Adotar placas com sinalização ou colocar em panfletos aumenta o alcance da novidade. 8. Possibilidade de escolha
É possível encontrar diferentes fornecedores e uma boa variedade de scooters elétricos destinados a supermercados, shopping centers, hipermercados e outras lojas que procuram esse benefício para seus clientes. Isso facilita a escolha do melhor equipamento para cada estabelecimento. Esses equipamentos possuem uma longa vida útil e representam um investimento para o negócio. Portanto, para tomar a melhor decisão, é fundamental buscar fornecedores de qualidade e com referência para suas compras. Além disso, o indicado é procurar por um fornecedor que ofereça benefícios valiosos para a empresa que busca a aquisição, como boas condições de pagamento, variedade de opções, suporte técnico e garantia do produto. Não escolha seu fornecedor apenas pelo preço. Alguns cuidados à considerar Para melhorar a usabilidade do scooter na loja, é interessante ter alguns cuidados como organizar um espaço de estacionamento com ponto de carga e tomadas bem definidas para carregar o equipamento, visto que, este possui carregador à bordo. Além disso, para o bem do produto e dos usuários, é indicado não carregá-lo com o uso de adaptadores ("Ts") e ter aterramento correto nas tomadas. O local de hospedagem deve ser coberto e sem possibilidade de ser afetado pela chuva. É preciso evitar que as carenagens estejam muito expostas, evitando que fiquem suscetíveis a quebra por batidas. Também recomendamos revisões periódicas para manter a estética dos produtos, substituindo as partes que foram quebradas ou amassadas, dessa forma também mantendo a higienização e a limpeza dos equipamentos. Dessa forma, é fácil manter a vida útil do produto e tê-lo sempre à disposição dos usuários. Utilize o scooter em lojaSe o scooter elétrico está disponível e devidamente adequado para uso, não há porquê não utilizá-lo. Muitas pessoas ficam com receio em aderir ao equipamento por dúvidas se podem ou não usá-lo ou por medo de não saberem conduzi-lo. Por isso, é importante deixá-los sempre carregados e sob supervisão de profissionais que saibam passar informações de uso corretamente, além de estarem dispostos em locais com placas de sinalização para utilidade. Normalmente é preciso deixar um documento com foto ao solicitar o scooter elétrico no estabelecimento. Depois de utilizá-lo, basta devolvê-lo no mesmo local de partida e recolher o documento. Dessa forma é muito mais fácil se deslocar e desfrutar do local. É importante ressaltar que pessoas sem necessidade não os utilizem, deixando-os disponíveis para os usuários que realmente vão precisar do auxílio. Fonte: Freedom
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Acessibilidade e Assistentes Virtuais Inteligentes: Alexa, Google Home (Google Nest), Siri e outros.29/5/2020 A tecnologia veio para somar na vida de muitas pessoas, o que significa luxo pra alguns pode ser necessidade para outros, principalmente quando falamos de acessibilidades e melhorias em relação à vida e a autonomia das pessoas com deficiência. Nos últimos anos, vem crescendo o número de tecnologias que podem auxiliar bastante o dia a dia das pessoas. Pensando nisso, resolvi apresentar algumas dos assistentes virtuais inteligentes mais famosos e usados no mundo. A Alexa, chegou no Brasil no ano de 2019 e é da Amazon. Os aparelhos Echo Dot e Echo Show, conectam-se ao serviço, que possui capacidade de interagir por voz, tocar músicas, fazer listas de tarefas, configurar alarmes, prover informações sobre tráfego, temperatura, entre outras informações, além de controlar sistemas e aparelhos inteligentes e conectados. Sendo uma ótima opção para quem desejar automatizar a casa. O Google Home ou Google Nest, é desenvolvido pelo Google e sua primeira versão foi anunciada no inicio de 2016, sendo seu lançamento no final desse mesmo ano nos Estados Unidos. Ele permite que seus usuários solicitem comandos de voz para interagir com serviços oferecidos pelo Google ou por terceiros, exemplos: ouvir música, controlar a reprodução de vídeos ou fotos, ou receber atualizações de notícias totalmente por voz. Além disso, o dispositivo também tem suporte integrado para automação residencial, permitindo aos usuários controlar eletrodomésticos inteligentes com sua voz. A Siri, é para IOS, macOS e watchOS, sendo assim, disponível para iPhone, iPad, iPod Touch, Apple Watch e Mac. É exclusivo da Apple e usa processamento de linguagem natural para responder perguntas, fazer recomendações, e executar ações. Foi um dos primeiros produtos focados em aplicações de inteligência artificial. A Siri foi adquirido pela Apple em 2010. No vídeo abaixo, tem uma comparação muito útil para quem deseja adquirir uma dessas tecnologias. Lembrando que existem outras além dessas três citadas aqui. Os assistentes virtuais são dispositivos comandados por voz, e podem realizar tarefas como apagar ou ligar as luzes, televisão, fechar ou abrir portas, além de outras funcionalidades, como, por exemplo, ler um livro, falar as horas, colocar lembres e despertadores, tocar músicas, falar noticia, procurar receitas, e até funções mais elaboradas que em alguns ainda estão em testes no Brasil, como chamar um uber. Tantas facilidades só por comandos de voz é algo ótimo para quem tem deficiências sensoriais, física ou mobilidade reduzida. A Alexa, dispositivo da Amazon, já conta com uma versão com tela, tendo também um recurso desenvolvido com a ajuda de funcionários cegos da empresa, que é o "Show and Tell", ou seja, mostre e diga, onde o usuário pode mostrar objetos à assistente virtual e ela falar o que é. Para usar o auxilio, basta colocar o objeto enfrente a tela e falar: "Alexa, o que estou segurando?", ou ""Alexa, qual o objeto em minhas mãos?", ou ainda,"Alexa, o que está na minha mão?". Sarah Caplener, chefe da equipe "Alexa para Todos", disse: "Toda a ideia do Show and Tell surgiu do feedback de clientes cegos e com baixa visão. Ouvimos dizer que a identificação de um produto pode ser um desafio, e os clientes queriam ajuda da Alexa. Se um cliente está escolhendo uma sacola de compras ou tentando determinar qual item foi deixado no balcão, queremos tornar esses momentos mais simples, ajudando a identificar os itens e fornecendo as informações de que precisam naquele momento. Manifestações artísticas como terapia. Pessoas com deficiência e idosos incluídos pela arte.29/5/2020 Seja nas versões tradicionais ou mais modernas, a arte sempre esteve presente nas produções humanas. Dentre os múltiplos papéis, ela pode assumir a função terapêutica e de socialização. Por esses motivos, a produção artística tem sido estudada e utilizada como recurso para recuperar, ressignificar e socializar pessoas. Na capital, alguns grupos utilizam a arteterapia como ferramenta inclusiva ao desenvolver seus trabalhos. É o caso do Projeto PÉS, que desde 2011 pesquisa a execução do movimento expressivo para e por pessoas com deficiência, por meio de técnicas do teatro-dança. O projeto foi idealizado em 2009, pelo o diretor Rafael Tursi. "É sabido que, de maneira geral, a arte tem uma função importante no processo de formação das pessoas, perpassando por questões técnicas, éticas, estéticas, sensitivas e sensoriais, além de noções históricas, civilizatórias e do convívio em sociedade. Com as pessoas com deficiência não é diferente. Diria aliás, que, muitas vezes, ela é potencializadora destas questões. Assim, é possível observar, por exemplo, como o ensaio técnico da construção de uma cena coreográfica auxilia o desenvolvimento, tanto do processo cognitivo do indivíduo, na exaustiva repetição da cena onde busca sua autonomia, quanto no desenvolvimento psicomotor, que se descobre, se aprimora e se torna consciente a cada ensaio", explica o diretor. Na mesma época em que idealizava o projeto, Rafael recebeu a notícia de que uma amiga próxima havia sofrido um acidente que a deixou com tetraparesia, quando todos os quatro membros experimentam fraqueza anormal. Enquanto acompanhava o tratamento, começou a refletir sobre possíveis exercícios no teatro e na dança com foco em reeducação corporal para pessoas com deficiência. O projeto é aberto à comunidade e tem como foco o desenvolvimento e a socialização. As aulas são realizadas por meio de dinâmicas corporais e da experimentação de objetos ludopedagógicos (corda, balão, lenço e massa de modelar, entre outros) e sempre seguidas de avaliações pontuais, por parte da equipe executora. A cada avaliação, são feitos os ajustes necessários. "A partir da arte-educação existe a possibilidade do erro. Ou seja, ali o indivíduo não é "café com leite", ali não existe o "qualquer coisa está bem", porque ele tem uma deficiência. Ee será estimulado para, a partir do seu corpo, realizar a cena ou a atividade a ser feita. Lidamos diretamente com o conceito de adaptação, em que adaptar não significa tornar algo fácil porque o indivíduo é incapaz e, sim, buscar meios para que ele execute a atividade. É onde a tentativa e o erro viram um novo acerto", esclarece Tursi. As atividades estão suspensas como medida de prevenção ao coronavírus, mas no acervo virtual do grupo há um curta-documentário chamado Por que você dança?, dirigido por Rafael Tursi, em que o público pode conhecer algumas histórias de experiência com a dança. Além disso, é possível encontrar espetáculos completos nos canais do YouTube, do diretor e do grupo, como Similitudo, Klepsydra, entre outros. Musicoterapia Uma Sinfonia Diferente. Desenvolvido pelo Instituto Steinkopf.(foto: Patricia Soransso/Divulgação) A iniciativa Uma sinfonia diferente utiliza a musicoterapia para o desenvolvimento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A metodologia multidisciplinar foi elaborada no Instituto Steinkopf, atualmente com base em Brasília, em Porto Alegre e em São Luís do Maranhão. Em Brasília, pessoas entre 3 e 40 anos são preparadas para as apresentações da sinfonia por meio de atividades e ensaios em grupo. Além de conscientizar a comunidade, pais e cuidadores sobre as capacidades de pessoas com TEA, a ação facilita a comunicação verbal e não verbal, estimula a criatividade e motricidade, e amplia a interação social e familiar, melhorando a qualidade de vida. "A arte, principalmente a música é um elemento universal. Ouvimos música e sons desde os quatro meses de vida intrauterina. A música nos conecta, nos emociona, nos ajuda a desenvolver habilidades, e isso também para as pessoas com TEA. A música, por si só, é um recurso de estímulo neurológico muito rico, e quando direcionada e utilizada com objetivos terapêuticos temos resultados maravilhosos. Com isso, conseguimos respostas motoras, interacionais e sociais", explica Ana Carolina Steinkopf musicoterapeuta. O instituto é composto por uma equipe de psicóloga, terapeuta ocupacional e uma musicoterapeuta que coordenam ensaios e reuniões com os pais. As inscrições para Uma sinfonia diferente são abertas, normalmente, a cada seis meses. O instituto também conta com a Sinfonia baby, que consiste na estimulação precoce de crianças de um a três anos. As atividades também são realizadas com os pais para que aprendam e possam dar continuidade fora do ambiente clínico. As inscrições são feitas uma vez por ano e os atendimentos ocorrem, normalmente, uma vez por semana. No canal do YouTube, Sinfonia Diferente, estão disponíveis vídeos de algumas apresentações realizadas. Arte na melhor idade Projeto Grupos dos Mais Vividos. Desenvolvido pelo Sesc-DF(foto: Cristiano Costa/Divulgação)
Outra faceta da arteterapia está presente no trabalho desenvolvido pelo Sesc-DF, o Grupo dos Mais Vividos (GMV). O projeto é voltado para pessoas acima de 60 anos, e tem como objetivo a promoção da qualidade de vida, da autonomia, do protagonismo e empoderamento da pessoa idosa. As atividades do projeto possibilitam o desenvolvimento pessoal e social, tornando a velhice, um tempo produtivo e significativo. "O trabalho permite que possamos perceber a velhice na totalidade, sabendo quais as necessidades que os idosos apresentam quando procuram o grupo. A arte contribui para o processo de expressão do corpo e da mente, por meio de desenhos, pintura, música, teatro, e sobretudo, trabalha a memória e faz um resgate do passado para o presente de forma trazer fatos importantes da vida dos idosos para as relações sociais atuais. Nas oficinas que trabalhamos com arte, ficou visível esta relação entre o passado e o futuro entre os participantes", explica a coordenadora de assistência social do Sesc, Adriana Costa. Os grupos têm base nas Unidades Operacionais e Centro de Atividades da Ceilândia, Estação 504 Sul, Gama, Guará, Taguatinga Norte, Taguatinga Sul e 913 Sul. Atualmente as atividades presenciais estão suspensas, por conta da quarentena em prevenção à Covid-19, especialmente por envolver um dos principais grupos de risco. Entretanto, em tempos de isolamento, o Sesc tem promovido atividades virtuais com os idosos do grupos e também com outros idosos da comunidade. "Para participar basta enviar uma mensagem para o número, (61) 99994-3652. Atividades de cognição, leitura, música estão sendo enviadas diariamente para mantê-los ativos e envolvidos", esclarece Adriana. Fonte: Correio Braziliense Brinquedos Inclusivos: Hot Wheels faz uma homenagem ao paratleta cadeirante Aaron Fotheringham29/5/2020 Mylena Rodrigues No início de 2019 a Hot Wheels, uma famosa e reconhecida marca de carrinhos de brinquedos em miniatura, lançou um carrinho em homenagem ao paratleta Aaron Fotheringham. Aaron Fotheringham é um atleta de esportes radicais, que realiza em uma cadeira de rodas manobras adaptadas no skate e também no BMX. Pra quem não conhece, o BMX, também chamada de bicicross, é uma corrida com bicicletas especiais, que surgiu na década de 50, na Europa, muito parecido com o motocross, só que utiliza bicicletas, já adaptadas para fazer muitas manobras e corridas na areia. Aaron usou muletas e quando tinha oito anos passou a usar cadeira de roda em tempo integral. Ele nasceu com uma condição raríssima: espinha bífida, que implica deficiência congênita localizada na medula espinhal, impossibilitando os movimentos de suas pernas. Nos jogos Paralimpicos do Rio, em 2016, em sua abertura no Estádio do Maracanã, Aaron Wheelz Fotheringham, foi protagonista, iniciando a celebração ao descer uma Mega Rampa, passando por um círculo de fogo. Dando inicio a cerimonia de abertura dos jogos. Wheelz, é uma brincadeira com a palavra "wheels", que significa "rodas", em inglês. Assim, Hot Wheels - Wheelie Chair - Aaron "Wheelz" Fotheringham - FYB64, é vendida no mundo e no Brasil pelas grandes lojas e sites de produtos, como, por exemplo, a Amazon e as lojas Americanas.
A vida por um braço. O filme “127 Horas” mostra que uma difícil decisão pode mudar sua vida.29/5/2020 Em algum momento da vida, uma pessoa cometerá um equívoco gigantesco e terá um bom tempo para pensar sobre o que fez. Uma vez, um homem viajou até as cataratas do Niágara e selado dentro de uma grande bola de borracha, se jogou numa das quedas d'água do local. A bola nunca chegou lá embaixo, ficando presa nas rochas e galhos ao longo do caminho. Acontece que o homem estava contando com sua equipe para libertá-lo da bola vedada lá embaixo. Ooooops! Grande erro. Aron Ralston, o herói deste 127 Horas (127 Hours, EUA/UK/FRA, 2010), também viveu um destes momentos "ooops!". Essa é inclusive a maneira que o próprio Aron refere-se ao que se passou com ele. Num final de semana, Ralston partiu para o deserto para fazer trilha com sua bike sem dizer a ninguém para onde ele estava indo, e após cair numa profunda e estreita fenda, ficou com seu braço preso entre uma rocha e a parede do canyon. Ooops. O caso ficou famoso. Ralston cambaleou para a segurança mais de cinco dias depois, após cortar o próprio braço direito com um canivete gasto para escapar da enrascada em que se meteu. Aron é uma pessoa energética e resiliente, e que inclusive voltou a fazer escalada meses depois. Apesar de que, agora, tenho certeza que ele só embarca numa destas jornadas depois de desenhar um plano, ir com alguma companhia, e nunca deixando seu canivete suíço para trás. Imagino que quando Aron lembra de seu braço que se foi, ele se sinta bem, dadas as circunstâncias que o levaram a tomar sua radical e corajosa decisão. Ralston se enfiou numa situação onde tudo o que o que se colocava entre ele e sua sobrevivência era seu braço. E então, ele o eliminou da equação. E você? O que teria feito na mesma situação? Quanto a mim, confesso que não sei se teria conseguido fazer o mesmo. A cena em que Ralston decide eliminar seu braço da jogada é crua e terrível, e mesmo com tamanha provação, o grande diretor Danny Boyle (do excelente Steve Jobs, cuja crítica também está disponível aqui no Portal Administradores), constrói um filme incrivelmente inspirador e divertido. Sim, eu disse mesmo divertido. Na maior parte do filme, Boyle lida apenas com uma locação e um ator, James Franco, que acabou indicado ao Oscar pelo papel. Há um desapegado prólogo em que Ralston e duas garotas que também faziam trilha nadam em um lago sob uma caverna, e mais tarde, durante seus momentos de alucinação, outras pessoas aparecem para visitá-lo. Entretanto, a realidade fundamental é expressa no título do livro que Ralston escreveu sobre sua experiência: "Between a Rock and a Hard Place" (Entre uma Rocha e um Lugar Duro). Franco faz mais um excelente trabalho ao sugerir dois aspectos do caráter de Ralston. (1) Ele é um petulante e ousado aventureiro que confia em suas habilidades e que gosta de se arriscar, e (2) ele é lógico e prático o suficiente para cortar fora seu próprio braço para salvar sua vida. Um aspecto de sua personalidade causou o seu problema. O outro o tirou dele. Reconhece estas características em alguém? Talvez em você mesmo? Definitivamente não há nada de errado em ser ousado e até um pouco confiante demais em suas habilidades, desde que você tenha controle suficiente para reconhecer seus próprios limites. No mundo dos negócios então, saber conduzir esta auto-análise é fundamental na hora de se correr riscos desnecessários ou não. E quando este termômetro falha, é hora de reconhecer o tamanho do problema e virar o jogo. Mesmo sendo uma história muito real, a situação enfrentada por Ralston ganha uma característica análoga à nossa vida, pessoal ou profissional. Imaginem o canyon como a situação de perigo, e a rocha como o problema aparentemente inexorável que impede que o indivíduo prossiga e siga em frente em qualquer direção. Para muitos, o problema enfrentado pelo protagonista era uma barreira intransponível, seu fim. Entretanto, mesmo na mais improvável das hipóteses, Aron encontrou sua salvação. Todo, TODO e qualquer problema tem solução, mesmo quando as probabilidades dizem o contrário. Aron parecia ter encontrado seu ponto-limite, mas ainda assim foi capaz de virar a mesa e viver para ver um novo dia. É claro que existe uma análise posterior a ser feita, e com certeza Aron a faz todo santo dia, quando nota e convive com a prótese em seu braço direito. Um cuidado, uma comunicação a mais, um pouco mais de moderação e até humildade o teriam poupado de uma excruciante situação que transformou sua vida para sempre. Esta análise em cima de um erro cometido é vital não só como medida corretiva, mas principalmente como uma ação preventiva para que determinado equívoco não volte a acontecer. No mundo dos negócios, errar uma vez é aceitável. Cometer o mesmo erro novamente pode ser fatal. A questão é que mesmo no erro em si, há sempre uma lição a ser aprendida. No caso do próprio Aron, há aspectos pelos quais ele deve ser agradecido. A rocha que prendeu seu braço, por exemplo, poderia ter caído sobre ele, o esmagando instantaneamente de forma que não haveria escapatória. O maior erro de Aron não foi a queda em si, mas sim sua certeza equivocada de que estamos melhores sozinhos. Ao não comunicar ninguém de sua partida e/ou localização, Ralston aí sim trocou os pés pelas mãos de maneira até ingênua, se pensarmos mais à respeito. Apesar de tudo isso, a grande lição a ser tirada deste 127 Horas e do martírio de Ralston, é a maneira extremamente inteligente e corajosa com que o protagonista passa os cinco dias na fenda e posteriormente a maneira com que orquestra sua libertação. Aron literalmente transformou a maior besteira que fez em toda sua vida em uma inacreditável e inspiradora história de superação e sobrevivência. Primeiro ele procura estar em contato com as circunstâncias ao redor, como o tempo de sol que ele tem diariamente dentro da fenda, e até o vôo regular de uma águia pela manhã. Ele então realiza um inventário dos itens que está carregando: uma câmera, um pouco d'água, algum alimento, e seu inadequado canivete-suíço. E aos poucos, à medida em que o tempo foi passando e as opções diminuindo, foi a mente prática e extremamente focada de Ralston quem bateu o martelo: Ou ele fazia alguma coisa, ou morreria." Independente das inúmeras questões das quais podemos tirar diversas lições a serem aplicadas em nosso dia-a-dia profissional ou não, 127 Horas é um tremendo filme. Um verdadeiro exercício de tensão onde o impossível é capturado através das câmeras. A fotografia é primorosa em estabelecer a vastidão do deserto de Utah e os detalhes específicos da minúscula porção do território onde Aron foi parar. A edição alcança a delicada tarefa de mostrar um braço sendo cortado fora sem nunca ser excessivamente gráfico. Curiosamente, o momento mais agoniante da cena não consiste em uma imagem, mas sim em um som. A maioria de nós nunca deve ter ouvido o referido som, mas graças à cena sabemos exatamente o que é. Dor e derramamento de sangue são comuns nos filmes. Entretanto, raramente tais fatores chegam ao nível da realidade, afinal, o público quer ser entretido, e não traumatizado. O espectador quer que seus heróis sejam imunes, e 127 Horas remove os filtros que costumeiramente amenizam a experiência. O filme implica seu público. Através da identificação, ficamos presos no canyon, cortamos através de nossa própria carne. Um elemento que o filme pode sugerir mas nunca evocar, entretanto, é a brutalidade da dor envolvida. Não consigo sequer imaginar a sensação. Talvez tenha sido isso que tenha "facilitado" as coisas para Ralston, já que de uma maneira ou de outra, sua decisão limitou a duração de seu sofrimento. Aron Ralston deve ser um tremendo cara. O filme deliberadamente não o transforma em herói, mas sim em um atleta competente traído por uma péssima decisão momentânea. Ele corta seu braço fora porque precisa, e também teve sorte na empreitada. É bem fácil imaginar a notícia de seu corpo sendo encontrado um tempo depois, com parte do braço faltando. Ele fez o que tinha de fazer, o que não o torna um herói, mas sim um homem corajoso em admitir o erro que cometeu e inteligente o suficiente para sair dele de maneira triunfal. Que você também possa encontrar as saídas para seus erros, e que não precise arrancar nenhuma parte do corpo para isso. |